A apresentação de três novas viaturas, seguida da sua bênção e do seu baptismo, foi o momento alto do programa das comemorações do 107º aniversário da AHBVOA definido para o passado dia 22. Dois desses veículos foram oferecidos por Rui Paulo Rodrigues e família, sendo que um deles – uma Ambulância de Cuidados Intensivos – é único em Portugal.
Depois das III Jornadas de Protecção e Socorro – iniciativa que marcou o arranque do programa comemorativo e da qual já demos notícia na edição anterior do nosso jornal – as comemorações do 107º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis (AHBVOA) prosseguiram a 22 de Junho.
Para este dia festivo no quartel da AHBVOA, onde, pela primeira vez, esteve presente o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo d’Ávila (ver página 05), estava programada a apresentação pública de três novas viaturas, seguida da sua bênção, pelo pároco de Azeméis, Padre Albino Fernandes, e do seu baptismo.
Falamos de “veículos extraordinários”, como lhes chamou o comandante da corporação da AHBVOA, Paulo Vitória, sendo que um deles – VFCI (Veículo Florestal contra Incêndios) – custou 146.810euros, montante suportado por uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), apresentada em 2012, e ainda comparticipado pela Câmara Municipal, e os outros dois foram oferecidos pelo empresário Rui Paulo Rodrigues e família. Em relação a estas duas últimas ofertas, tratam-se de uma ABSC (Ambulância de Socorro), no valor de 63.804euros, de que se destacam “os seus equipamentos e suspensão hidráulica”, e de uma ABCI (Ambulância de Cuidados Intensivos), que, de acordo com dados facultados pela direcção da AHBVOA à margem da cerimónia, “será a primeira do género em Portugal”, chegando a estar até melhor equipada do que algumas unidades hospitalares portuguesas.
Esta ambulância contentor, de 95.377 euros, “está equipada com equipamento topo de gama, nomeadamente disfibrilhador LIFEPAK, suspensão hidráulica, grande espaço da célula, etc.” – uma mais-valia em matéria do “nosso parque de saúde”, da qual, no entender do líder directivo da instituição aniversariante, “os responsáveis pelo sector”, “com especial enfoque naqueles que superintendem ao nível do Entre Douro e Vouga” devem “ter conhecimento”.
A título de curiosidade e ainda em relação a estes meios operacionais que, a partir daquele sábado, passaram a estar ao serviço das populações, note-se que o VFCI foi apadrinhado pelo governamental Filipe Lobo d’Ávila e pelo autarca de Oliveira de Azeméis Hermínio Loureiro, enquanto as duas ambulâncias tiveram como padrinhos João Maria e José Maria Rodrigues, “filhos e netos dos nossos maiores benfeitores”, também segundo António Gomes.
“Possuidores de um coração do tamanho do mundo”
No salão nobre, foram mesmo muitas as palavras elogiosas, provenientes dos vários convidados com assento na mesa que presidiu à sessão solene, dirigidas à família Rodrigues, não havendo uma única intervenção em que não tivesse disso enaltecida a sua benemerência.
Por exemplo, durante os seus ‘tempos de antena’, António Gomes definiu o comendador António da Silva Rodrigues e os seus familiares como “possuidores de um coração do tamanho do mundo”; já Hermínio Loureiro disse que, ao terem “gestos de enorme generosidade, sem exigirem qualquer contrapartida”, ”dão-nos um notável exemplo de cidadania, que deve ser seguido por outros”.
Mas estes beneméritos, dignos representantes do tecido empresarial concelhio, não foram os únicos a serem elogiados. Também o apoio dado, não há muito tempo, pelos filhos de um outro empresário (comendador Álvaro Figueiredo), já falecido, foi sublinhado, desta feita, por Paulo Vitória.
Quem também não regressou a casa em ouvir elogios foi Hermínio Loureiro, “cuja vivência com os ‘soldados da paz’ – na ótica do dirigente António Gomes – vai muito para além do institucional”.
Aliás, o próprio secretário de Estado da Administração Interna fez questão de exaltar o “papel insubstituível” do líder do executivo municipal, assim como os dos seus congéneres por esse país fora, ao nível da Protecção Civil.
(GISÉLIA NUNES – Correio de Azeméis, 02 de Julho de 2013)